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domingo, 29 de março de 2009

Sonâmbula

faltando ao encontro com as noites de amor
enxugo mares
e me torno poço solitário de auroras...
afogado
no que guardou...

da distante visionária
minha alma recorda deserta
e sente frio

fixos olhos exorcizam,
palavras-alma em colar
banham de ser
minha estrela cadente

desato a miragem
meio às labaredas
arrepio em teu mar bravio

desarmada...
sonâmbula
teu barco me navega
abraçado pelo vento
e pelo arco-íris
atemporal
Mára Bellini
(poesia mar09 e
pintura ENCENAÇÃO set/08)

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