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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

BUSQUEI

Busquei, obstinadamente, um passo adiante e nada pude achar.
Tratei, habilmente, de cair das alturase nada conseguia.
Viajei, loucamente, por ruas impossíveis, sem encontrar o céu.
Deixei, lentamente, todo o bem amado e todo o bem amado está em mim.
Sempre no mesmo lugar, distante e aprazível, olhando as estrelas,
sempre contra mim mesmo, paralisado de terror, sem achar o desejo.
Sem ninguém que arranque de meus olhos, sem luz, vendas obscuras.
Sempre oculto em meu próprio coração, unicamente sem saídas, sem amor.
Deixo rastros sobre meus passose me declaro em liberdade.
Já não quero cair, nem busco céus impossíveis, nem arrebatadas luzes,
nem passos adiante que, simplesmente, aliviem minha dor ou minha tristeza.
Em plena liberdade, distante de humanas veleidades.
Deixando, como se fossem sintomas eternos,
que meus grandes amores durmam comigo
esta sesta da alma, vivam, comigo, esta dor.
-poema de Miguel Oscar Menassa-
(para ouvir a declamação por Mára Bellini clique aqui:
http://www.indiogris.com/num56/n56pt/pg1.htm

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