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sexta-feira, 20 de março de 2009

Minha pele pinica


Minha pele pinica.
Adormeço
vago
...
sinto o nada.

Desperto ecos vulgares
rasgo gargalhadas
dentes fiam preces
ao trincar de rugas

Minha pele prisão...
a cada estalo do tempo.

Vazio, entre vidros,
acaso mantinha
a dor do abandono
onde range a vida...!?!

Mundano caminho
engano sórdido,
marasmos...
alando meus órgãos.

“O dia emagreceu” (Murilo Mendes)

Malditos desertos!
Estranho...
o sentido
transparente.
Mára Bellini
(poema e foto de Mára Bellini)

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