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terça-feira, 24 de março de 2009

COLUNA VERTEBRAL

Perdida em cristaleira
céu-vertigem mistura
clarões, lençóis de vozes e labirinto

aqueço desmedida,
derreto labaredas em lágrimas...

mar-veia
por nosso último encontro corre
e aquilos... choram sombrios
...verão esvoaçar!...

os ponteiros gelam
e uma agonia digital me sopra
sotaque azedo denunciando
solução

espera-bosque
transpõe de um lado a outro
calafrios ávidos
e ímpetos habitam selvagem
-ávido corpo

o cheiro a metal
depõe contra minha garganta
efêmera
Mára Bellini

(pintura COLUNA VERTEBRAL de out/97 e poema de Mára Bellini)

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