terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
selva de frases
Nessa asfixia...
Insone...
Vive
textura verbal,
ecoa o desencanto.
Rastejo
no véu entre dentes
da letra futura
que desenlaça a teia.
O futuro assalta satírico o agora
no fuso horário me mantém presa
da carne surda.
Um piscar seco
a sombra dos anos
desalma
labirínticas fantasias.
Pousa uma palavra
no vale dos tornozelos flutuantes.
Meu filete ninfa, espelhado,
desborda enamorado.
Fendas encadeiam gemidos
despem minha boca.
Tirito... molhada,
suja de vida.
Afloro e em golpe, me acabo
em arco-íris
a cavalo de linhas.
Irrompe feroz pronúncia,
plástica, aos gritos.
Atravesso ar e água,
da casa onde vivia,
em busca de sítio.
Mára Bellini
(Pintura de Mára Bellini: Selva de Frases)
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